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Conheça diferentes opções de inversor solar para painel fotovoltaico

Atualizado: 20 de out. de 2022

Entenda o que é e como funciona o inversor solar, e saiba se o microinversor ou o inversor string é a opção mais adequada para você


Painéis solares instalados no telhado de uma casa, com inversor solar. Fonte: NeoElectric
Para saber qual o inversor para seu sistema de energia solar, é preciso considerar as condições de sombreamento e instalação.

O microinversor e o inversor string são tipos de inversor solar para painel fotovoltaico comuns no mercado.


Ambos têm a mesma função e podem ser usados com sucesso em residências, comércios e indústrias.


Apesar disso, possuem algumas características diferentes entre si, de forma que um ou outro pode se revelar mais adequado em determinados casos.


Saiba o que é inversor solar, como o microinversor e o inversor string funcionam e qual é a melhor opção para sua casa ou empresa:


Inversor solar: o que é e função


Tanto o microinversor quanto o string são inversores solares, um componente essencial a qualquer sistema de energia solar.


A função do inversor é converter a corrente contínua (CC) gerada pelos painéis fotovoltaicos em corrente alternada (CA), que é o tipo que pode ser usado pelos equipamentos elétricos de um estabelecimento.


Esse equipamento pode utilizar diferentes tecnologias e mecanismos de proteção para funcionar. Dependendo do seu sistema de energia solar, um desses inversores pode ser a melhor opção.


Diferenças entre microinversor e inversor string


A diferença principal entre estes equipamentos é que o microinversor funciona alimentado pelo módulo de forma individualizada, enquanto o inversor string trabalha em série.


O microinversor tem um tamanho menor. Uma vez que ele pode ser instalado atrás de cada painel fotovoltaico, não há necessidade de obras de infraestrutura, o que é uma vantagem estética também.


Dependendo do fabricante e da potência, um microinversor pode alimentar de um a quatro painéis fotovoltaicos.


O inversor string, por outro lado, é maior, sustenta potências maiores e normalmente só um é necessário para atender todo o sistema de energia solar. Seu nome vem do termo em inglês para “série”, já que ele alimenta um conjunto de placas fotovoltaicas conectadas entre si.


Esse equipamento precisa ser instalado em um abrigo separado, não só por seu tamanho, mas também por uma questão de segurança. Geralmente, fica em locais como garagens, despensas ou casas de máquinas, interligado ao quadro elétrico e aos painéis.


Em resumo, um sistema com 40 placas solares pode ser montado tanto com um inversor string em um abrigo quanto com dez microinversores (um a cada quatro painéis) instalados atrás das próprias placas.

Os microinversores alimentam painéis por módulos individualmente, enquanto o string alimenta placas ligadas em série. Fonte: NeoElectric
Os microinversores alimentam painéis por módulos individualmente, enquanto o string alimenta placas ligadas em série.

Além disso, o microinversor costuma ser mais caro do que o string, mesmo considerando o custo da construção de um abrigo. Dito isto, o microinversor oferece algumas vantagens que em certos casos tornam seu custo-benefício atraente a médio e longo prazo.



Vantagens do microinversor


A proposta do microinversor é atender menos painéis, otimizando cada um deles individualmente. Essa também é sua maior vantagem, pois permite uma diversidade de benefícios, como maior produtividade, escalabilidade, flexibilidade, segurança e melhor monitoramento.


Tendo em vista que os painéis com microinversores não são conectados entre si, é mais fácil fazer uma expansão do sistema – é só comprar novos painéis com novos microinversores.


Já o string é dimensionado de forma personalizada para atender o arranjo solar como um todo. Um novo pode ser necessário.


Vale observar que, para acrescentar módulos a um sistema solar on grid, um novo projeto aprovado e assinado pela concessionária é sempre necessário, com novos custos de homologação e instalação – independente do tipo de inversor.


Outra vantagem dos microinversores é que eles podem ser instalados em qualquer combinação (de quantidade, orientação, inclinação e potência), dando mais flexibilidade ao projeto.


Digamos que há locais de sombra no seu telhado, onde você quer instalar seus painéis. Se você dispuser as placas em inclinações diferentes, ou voltá-las para lados opostos, pode aproveitar mais luz solar e ter uma geração maior de energia.


Isso não pode ser feito com o string, que requer que os painéis tenham a mesma orientação e tensão similar.


Já no quesito segurança, além de operar em baixa tensão, os microinversores convertem a corrente contínua em alternada diretamente na placa, reduzindo o risco de arco voltaico.


Isso não significa que o inversor string seja perigoso, apenas que é necessário instalar uma caixa de proteção entre ele e as placas (chamada de string box).


Outra vantagem do microinversor é a otimização. Este tipo de equipamento tem uma melhor distribuição de MPPTs (“maximum power point tracking”, ou “rastreamento do ponto de máxima potência”), o que pode permitir uma maior geração de energia, especialmente em sistemas com sombreamento ou perda de rendimento dos painéis.


Na prática, as placas solares não produzem a mesma quantidade de energia – algumas podem pegar mais sombra, ou podem ficar mais sujas e impedir a passagem de luz solar, ou podem se desgastar mais rápido que outras (essa degradação é esperada, mas não acontece de forma uniforme).


Os microinversores otimizam as placas “individualmente”, ao contrário do string, que sempre as trata como um conjunto. Qualquer diferença entre elas, assim, acaba por prejudicar todas – por exemplo, um defeito ou perda em alguma placa específica afetará a geração de energia de todo o conjunto, que pode ficar abaixo do esperado.

Diferença na geração de energia solar entre um microinversor e um inversor string. Fonte: NeoElectric
Uma das maiores vantagens do microinversor é a otimização e o monitoramento individualizados.

O mesmo acontece com o monitoramento. Tanto os microinversores quanto os inversores string possuem monitoramento, essencial para acompanhar a produção de energia solar. Mas, como os microinversores monitoram cada painel individualmente, são muito melhores em identificar falhas.


No caso do string, a perda se dilui em toda a série e fica difícil entender em qual placa está o problema, bem como diagnosticá-lo como um defeito técnico, sombreamento, sujeira ou outro fator.


Por exemplo, em um sistema string com 20 painéis ligados em série, se um deles cair de performance pela metade, só perceberemos que o sistema caiu 2,5%, e não saberemos de imediato se é um problema técnico ou uma oscilação normal. Será improvável fazer qualquer diagnóstico sem uma investigação física detalhada das placas.


Isso pode parecer pouco, mas, ao longo do tempo, esses 2,5% de queda na geração de energia podem ter um impacto financeiro grande.


Por fim, o microinversor pode alcançar um tempo de vida útil de até 30 anos, versus até 20 para o string. Mas isso pode mudar conforme o fabricante e o projeto.


Vantagens do inversor string


Parece que não teremos nada a falar sobre o string depois de elencar todas as maravilhas do microinversor.


A verdade, porém, é que elas nem sempre significam um melhor custo-benefício. Não é por acaso que a maioria das usinas e fazendas solares instaladas por empresas de energia são realizadas com inversor string.


Quem procura um sistema de energia solar deseja não só o melhor aproveitamento ao longo de décadas, mas uma economia significativa também.


O que acontece é que a maior eficiência do microinversor nem sempre é justificada pelo seu preço. Em muitos casos, o ganho em geração e manutenção não compensa o valor mais alto pago pelo equipamento.


Outra preocupação é a disponibilidade da tecnologia - os inversores string são mais tradicionais e você não corre o risco de ter uma solução sem estoque junto a fabricantes e distribuidores.



Então, como saber qual a melhor opção para você?



Quando usar cada um: microinversor x string


Considerando tudo o que foi dito, o microinversor é uma solução mais adequada para projetos que enfrentam dificuldades como sombreamento ou condições ruins de instalação.


Seu custo-benefício será mais atraente em sistemas de menor porte com condições adversas na geração de energia, nos quais a diferença de valor será compensada - como casas com consumo baixo de energia e crianças pequenas, que desejam maior otimização e segurança.


Já em projetos maiores, os ganhos esperados desse equipamento podem não se materializar frente aos custos. Especialmente em condições ideais (sem sombras ou outras dificuldades), o inversor string é tão ou mais eficiente que o microinversor, ao mesmo tempo em que é significativamente mais barato.


É claro que a tecnologia dos microinversores está em evolução e pode se tornar mais acessível com o tempo. Hoje, entretanto, essa não é ainda uma escolha óbvia.


É por isso que o melhor caminho é fazer um projeto personalizado junto a uma empresa competente, que leve em conta todas as variáveis envolvidas em seu sistema de energia solar, como sua demanda, o índice de radiação solar da sua região, o acesso ao local da instalação, perdas por sombreamento etc.



Dessa forma, você saberá qual a opção com o custo-benefício mais competitivo para o seu caso.

Gostaria de ajuda para dimensionar o melhor sistema de energia solar para sua casa ou empresa? Fale conosco! Será um prazer ajudá-lo e tirar suas dúvidas.

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