Veja quais são os componentes necessários para ter um sistema de energia fotovoltaica na sua casa ou empresa e conheça os valores de diferentes kits de energia solar residencial
A energia solar é uma alternativa mais barata e sustentável do que a energia elétrica convencional. Por esse motivo, muitos brasileiros têm trocado a concessionária pela geração própria, através da instalação de placas solares em sua casa ou empresa.
Mas quanto custa um sistema de geração de energia solar? Será que compensa?
Embora o preço possa variar a depender do seu consumo de energia e das suas escolhas de fabricantes, sem dúvida vale a pena. Mesmo se o custo inicial a ser desembolsado for alto, o sistema fotovoltaico é considerado um investimento muito atrativo no geral, com uma taxa de retorno bastante alta.
Confira abaixo todos os componentes necessários para ter um sistema de energia fotovoltaica, os valores de diferentes kits completos e como fazer um orçamento personalizado:
Energia solar residencial: o que eu preciso para ter um sistema fotovoltaico?
É comum que as pessoas pesquisem preço de placa solar para ter noção do valor de um sistema de energia fotovoltaica. Contudo, a placa é somente um de vários elementos que compõe este sistema.
Para gerar sua própria energia, você terá muitos outros gastos, por exemplo, com um projeto de engenharia adequado, com a compra de inversores, com a compra de uma estrutura de fixação para as placas, com a homologação do sistema e com a instalação das placas.
Todos esses componentes variam em valor dependendo do fabricante, da quantidade e da qualidade. Entenda melhor:
Placas solares e inversores
As placas solares, também chamadas de painéis ou módulos fotovoltaicos, podem ser de primeira, segunda ou terceira linha (Tier 1, 2 ou 3).
Obviamente, as placas Tier 1, fabricadas por empresas confiáveis e feitas com material de alta qualidade e tecnologia de ponta, costumam ser mais caras. Porém, é melhor usar equipamentos de primeira linha do que perder eficácia na geração de energia ou viver tendo problemas.
O valor das placas também altera de acordo com a potência, mas, no geral, uma placa de boa qualidade gira em torno de mil a dois mil reais.
Quanto aos inversores, existem diferentes tipos (como o inversor string e o microinversor) e fabricantes no mercado, com custos-benefícios também diferentes. O microinversor, por exemplo, é mais caro, mas possui vantagens que podem ser interessantes e compensar a longo prazo, especialmente no caso da energia solar residencial.
Estruturas de fixação
Geralmente, as estruturas de fixação mais em conta são aquelas utilizadas em telhados metálicos, seguidas das usadas em telhados cerâmicos e das fixadas na laje. Aqui, vale um aviso: muitas empresas perfuram diretamente a laje por ser um método barato, mas isso pode causar infiltrações. É preferível colar uma estrutura cimentícia na laje, e fixar o sistema nela.
No caso de telhados de fibrocimento, parafusos estruturais são necessários, e a fixação do sistema fotovoltaico é um pouco mais complicada.
Já os telhados de manta de EVA, também chamados de Alwitra (uma marca especialista neste tipo de cobertura), exigem cuidados especiais. Nestes telhados, um EVA é geralmente instalado em cima de uma cobertura que pode ser de placa estrutural OSB, painel wall, chapa cimentícia ou deck metálico.
O ideal é fazer um estudo caso a caso para entender o distanciamento e tipo de estrutura que deve ser utilizada, além de verificar a questão da vedação junto à empresa que instalou o telhado para evitar infiltrações ou a perda da garantia.
Por fim, a instalação com fixação no solo é, provavelmente, a mais cara de todas. Isso porque é necessária uma quantidade maior de estrutura metálica, além do processo de montagem e instalação ser mais complexo e demorado.
O preço de cada tipo de estrutura ainda varia conforme o fabricante. Os mais frágeis usam menos material, enquanto os mais reforçados são de maior qualidade e custam mais caro. Vale observar que estruturas frágeis podem se romper e causar danos ao sistema.
Projeto e homologação
Para saber quantas placas comprar, de qual potência, onde instalar e com qual estrutura, é preciso fazer um projeto adequado. Assim, você garante uma produção segura e que atenda 100% da sua demanda mensal.
Imagine que um projeto subdimensionado não irá atender sua demanda, fazendo com que você ainda tenha que pagar uma conta significativa de energia. Um superdimensionado, por outro lado, vai gerar custos desnecessários.
O projeto também deve incluir cálculos estruturais. Por exemplo, pode ser necessário reforçar o telhado de seu estabelecimento, se ele não suportar o peso das placas.
A boa instalação também é importante. Se as placas forem mal instaladas, isso pode levar à queima de equipamentos, perda da eficácia na geração de energia e até perda da garantia dos equipamentos.
O ideal é que o processo todo seja acompanhado por profissionais como eletricistas ou engenheiros treinados e que tenham ampla experiência com sistemas fotovoltaicos.
Escolher uma equipe especialista será útil também no momento da homologação do sistema, parte burocrática essencial para que você troque sua conta de energia pela geração própria.
A homologação é um documento que precisa ser assinado por um técnico responsável e enviado à concessionária. Se não estiver correto, pode ser reprovado e você terá que esperar mais para poder economizar na conta, apesar de já ter feito um alto investimento (saiba mais aqui).
Energia solar: preço do kit completo
Para saber o preço de um sistema de energia solar, é preciso considerar o valor de um kit completo: placas, inversores, estrutura de fixação, serviço de instalação e engenharia.
O ideal é fazer um orçamento de energia solar personalizado, ou seja, feito exatamente para sua demanda, seu tipo de telhado etc.
No geral, no entanto, um sistema com equipamentos de primeira linha, instalado e homologado por profissionais experientes custa a partir de R$ 20 mil.
Para se ter uma noção melhor deste investimento, vamos utilizar exemplos diferentes, de residências e de empresas, com possibilidade de obter um retorno financeiro total dentro de três a quatro anos.
Uma casa ou comércio no estado de São Paulo que gasta em média R$ 1.300 por mês com energia pode economizar até 95% deste valor com a instalação de 22 placas, totalizando um investimento de aproximadamente R$ 54 mil.
Depois de pouco mais de três anos, ficaria praticamente livre da conta de luz, com muitas décadas de economia pela frente ainda.
Já uma empresa com uma conta de energia maior – digamos, de cerca de R$ 10.000 - pode chegar a uma economia de 95% com a instalação de 175 placas e um custo total de aproximadamente R$ 410 mil.
Por fim, no caso de consumos muito altos de energia, como uma indústria que consuma mais de 40.000 kwh por mês, por exemplo, pode ser necessária a instalação de mais de 600 placas, ultrapassando um milhão de reais.
É importante lembrar que estas estimativas englobam os custos de projeto, de compra de equipamentos e de instalação, mas não cobrem eventuais adequações necessárias na rede elétrica do cliente ou da concessionária (utilizada para a distribuição de energia no caso do sistema on grid).
Se a sua rede não suportar a potência do sistema, pode ser preciso trocar um poste, comprar e montar uma cabine primária etc. Já se o telhado não aguentar as placas, será necessário reforçá-lo. Todos esses dados são fornecidos de antemão em laudos estruturais, se você fizer um projeto com uma boa empresa.
Como financiar energia solar
Existem diversas formas de financiar a compra e a instalação de seu sistema fotovoltaico.
Por exemplo, algumas linhas de crédito específicas foram criadas para facilitar a utilização de fontes de energia renováveis, como a “Meu Financiamento Solar” da BV Financeiro, a startup de financiamento para energia fotovoltaica SolFácil, ou a linha de crédito do Santander.
Você pode também checar linhas de crédito disponibilizadas pelo banco em que você é correntista, ou escolher um fornecedor de placas solares que parcele a compra no cartão de crédito. Já a instalação pode ser financiada junto a entidades financeiras ou mesmo junto à empresa que fará o projeto e a implementação.
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